Zazie no metrô – Raymond Queneau
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Tarefa difícil compartilhar minhas impressões sobre a conhecida obra de Queneau. No verso do livro a opinião de Cícero (Lorem ipsum…) seria mais adequada, já que eu não saberei expressar o que li. Eu finjo que escrevo e vocês fingem que entendem latim, ok? Bem, vou tentar, alguma coisa sai.
Tudo começa em Paris, na estação Austerlitz. Por dois dias uma garotinha que dá nome ao título estará aos cuidados de seus tios Gabriel (único homem que Jeanne, mãe de Zazie, confia) e Albertine. Isso não seria suficiente para confusões… Errado! Crianças têm desejos bizarros, eu, por exemplo, me amarava numa escada rolante. O desta aqui é conhecer o metrô de Paris. Infelizmente os funcionários do metrô estão em greve. Você ia dizer ‘tudo bem’, pensar em outro local interessante para a menina visitar. Caro leitor, você não conhece Zazie!
Em busca do sonho de conhecer o metrô (subterrâneo, devo ressaltar), a trama se desenvolve entre o segredo e os amigos de Gabriel. O romance é cheio de humor, mal-entendidos e ironia. Tudo parece atrapalhado, a narrativa tem um tom leve, enquanto a história, com seus vários temas, não é. A obra também apresenta uma linguagem bastante original, as palavras são inventadas, não a respeito nas regras da gramática francesa / portuguesa. Zazie, Gabriel e a maioria dos personagens do livro são da classe trabalhadora, e o autor optou por escrever como se fala. Em entrevista, Raymond comenta que simpatiza com a cultura e a linguagem simples, e pelo jeito é uma característica de suas obras.
Zazie no Metrô, de Raymond Queneau, publicado em 1959, é uma grande paródia hilariante. Não sei se minhas impressões ficaram claras, deixo a tarefa para os críticos. Em anexo, nesta edição belíssima, a o posfácio de Roland Barthes extraído do Essais critique do ano de 1964. Ele diz que Zazie dans le métro tem todos os elementos de um bom romance, mas não se trata de uma narrativa convencional. *bem, pelo menos isso eu percebi, rs (^.^v)*
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Título: Zazie no metrô
Título original: Zazie dans le métro
Autor: Raymond Queneau
Tradução: Paulo Werneck
Editora: Cosac Naify
Páginas: 192
Ano: 2009
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