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A Casa das Portas Vermelhas Jorge Marques

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    – Tu procuras o último amor – dizia-me ele -, porque andaste toda a vida a coleccionar pedaços desse amor. Nunca o tiveste, procuras é o primeiro amor e não o último. Agora que vês a vida a fugir-te, o teu tempo a passar, acordaste para o amor. As mulheres e o amor não estão separados por castas, como pensaste toda a vida. As mulheres não estão divididas em virgens, solteiras, casadas, amantes, divorciadas, viúvas, felizes, infelizes, carentes, viciadas, feias, bonitas, bem-feitas, malfeitas, inteligentes, burras… Não é nada disso. Tu lembras-te das mulheres que tiveste, ou pensas que tiveste? Eu sei que te lembras, uma a uma! Recordas-te daquela viúva que te queria na própria noite em que o marido morreu? Ela queria sentir a vida e não a morte! O que fizeste? Uma teia de preconceitos invadiu-te, tu fugiste em nome de valores completamente idiotas. O que fizeste com aquela menina que toda a vida andou a sonhar que tu serias o seu primeiro homem, que era contigo que ela queria deixar de ser virgem? A mesma merda de preconceitos, empurraste-a para um brutamontes, que não teve nenhum respeito por ela, e aquilo que podia e devia ser bom não foi. O que é que fizeste com aquela mulher casada, que andaste anos a seduzir, no dia em que ela finalmente queria correr para ti? A moral chegou-te só no fim, não foi? O que é que fizeste no dia em que encontraste uma mulher que gostava mais de sexo do que tu? Tiveste medo?

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