Romances

História de uma Obsessão de Erica Jong

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    Coisas lidas
    (…)
    «Tu sempre, tu nunca» – a linguagem da escravidão masculina.
    (…)
    É fácil deixar que o fim envenene o princípio quando estamos desiludidos com todas as traições.
    (…)
    Bessie Simth
    Sem pai para me guiar
    Sem mãe para olhar por mim
    Tenho de aguentar sozinha
    Nem um irmão para partilhar
    Este fardo que é só meu
    (…)
    Encho-me de perfume, ajeito o cabelo e corro para a porta.
    Não quero que ele perceba que estive a falar ao telefone com a Emmie, de quem ele tem ciúmes, porque sabe que falamos sobre ele. Mas o que nenhum homem compreende é que estas conversas são uma questão de sobrevivência (ou talvez compreendam -e é por isso que não gostam.
    Como é que nós nos atrevemos a sobreviver-lhes?) só sabem que nós temos qualquer coisa em que eles não conseguem tocar nem penetrar: uma irmandade de afeição partilhada, uma rede de salvação para nos apanhar quando eles nos largam e nós caímos.
    (…)
    Bessie Simth
    Senhor, acho que o amor de um homem nunca dura. Amam-nos perdidamente e logo nos esquecem.
    (…)
    É este o paradoxo dos homens fracos e das mulheres fortes: esgotam as nossas forças na esperança de equilibrar a luta Mas, uma vez que não conseguem absorver a nossa força, só atingem o pólo negativo desse esgotamento. Numa sociedade que dá aos homens o poder oficial, a linha que separa o abuso mental do físico é muito ténue.
    (…)
    Nunca ninguém preparou as mulheres da geração que cresceu imenso (…) queríamos ter tudo – trabalho e amor, quadros e bebés – e tivemos, mas pagamos o preço: o preço foi a solidão e o isolamento! Ninguém nos preparou para tudo isto porque ninguém o sabia fazer. Fomos apanhadas num estranho momento histórico.
    (…)
    E os homens? Os homens estavam tão perdidos e sozinhos como nós.
    (…)
    Segundo uma anedota, há duas fases na vida: a juventude e «estás com óptimo aspecto»
    (…)
    Há coisas que acontecem entre duas pessoas ás escuras, que fazem com que tudo o que acontece ás claras pareça bom.
    (…)
    E quem é que podia culpar os homens, por estarem desgostosos com todo o sexo feminino? Os homens são tão vulneráveis – com toda a sua vulnerabilidade pendurada entre as pernas, tão desprotegida.Com medo das mamãs, de mulheres que gritam – só nos pedem um pouco de doçura e ternura.
    (…) Será tudo uma questão de hormonas? A natureza dá-nos trinta anos de cegueira para com a merda dos machos, para podermos fazer o maior número possível de bebés . E depois o estrogénio começa a enfraquecer e nós voltamos a ser nós próprias. Regressamos á felicidade que conhecemos quando tínhamos nove anos e pintávamos os nossos livros de colorir. Recuperamos as nossas vidas, a nossa autonomia, o nosso poder. E será nesse momento que nos tornamos em bruxas, para sermos apedrejadas em praça pública? Não por sermos feias, mas porque sabemos demasiado. Topamos o jogo deles e eles não gostam.

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